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Como parte da estratégia de colaboração científica internacional, o Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC na sigla em inglês) trouxe ao Brasil um grupo de pesquisadores noruegueses para aprofundar os conhecimentos sobre ecologia e biodiversidade em florestas tropicais. A jornada incluiu uma visita à Mineração Paragominas, no município de Paragominas (PA), onde o grupo conheceu as práticas de recuperação florestal implementadas na unidade e o campo de estudos dos cientistas que integram o Consórcio.

A visita ao Brasil integra o curso de campo “Ecologia de floresta tropical e biodiversidade”, um programa de treinamento de estudantes de mestrado e doutorado de duas instituições norueguesas: Universidade de Oslo e Universidade Norueguesa de Ciência da Vida. O propósito é envolver pesquisadores brasileiros e noruegueses em uma causa em comum voltada à pesquisa básica em ecologia e biodiversidade e também pesquisas em recuperação florestal após a atividade de mineração.

“Na primeira parte do curso, eles passaram por uma imersão na Floresta Nacional de Cauxianã, uma área de floresta protegida. Na etapa seguinte, eles foram à Mineração Paragominas para avaliar questões como recuperação de áreas degradadas, reflorestamento e fauna em área de mineração. Muitos deles nunca haviam estado em uma floresta tropical”, ressaltou Rafael Assis, coordenador do Secretariado do Consórcio BRC.

De volta à Noruega, os visitantes produzirão artigos científicos sobre a experiência. Em uma etapa posterior, alunos brasileiros irão à Noruega para complementar os aprendizados obtidos aqui.

people in a greenhouse

Pesquisadores brasileiros apresentaram projetos conduzidos na mina de bauxita

Em Paragominas, o grupo também conheceu os projetos de pesquisas conduzidos dentro da mina pelos estudiosos da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) e Universidade de Oslo (UiO).

Durante seminário, pesquisadores brasileiros dividiram com os colegas noruegueses as experiências sobre os aprendizados proporcionados pelo BRC. “É gratificante ver que nossos resultados nos conduzem a entender como podemos melhorar os processos de reflorestamento”, contou Juliana Santos, bióloga, mestra em Biologia e aluna de doutorado da UFPA.

Sobre o BRC - O Consórcio de Pesquisa de Biodiversidade Brasil-Noruega é formado pela Universidade de Oslo, da Noruega, e seus parceiros brasileiros Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Pará e Universidade Federal Rural da Amazônia, além da Hydro. Estabelecido em 2013, o BRC foi renovado por mais cinco anos em 2017.

O consórcio mantém um programa de pesquisa conectado às operações de mineração da Hydro. O objetivo é fortalecer a capacidade da companhia de preservar a biodiversidade natural das áreas onde a empresa lavra a bauxita, e já conta com 26 projetos aprovados e em andamento, também gerou 30 papers de pesquisa, 9 dissertações de mestrado, 4 teses de doutorado e 2 teses de pós-doutorado em andamento.

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